27 de jun. de 2009

Medidas

Algumas pessoas precisam de um prato cheio. Outras, só se fartam com um tão cheio que transborda. Tantas e tantas se contentam com um punhado. Um punhado pro dia todo, ou um punhado por hora.Uns precisam de muito do outro. E o muito do outro pode ser pouco pra ele. Algumas pessoas precisam de mais, e o mais pode ser o limite do que o outro tem a oferecer. O limite pode ser o limite real ou pode ser o limite acomodado; o pouco pode ser o muito de alguém, e o muito pode não satisfazer nem metade do que a outra pessoa precisa.E como em termos de sentimento tudo fica muito complicado, cobrar o pouco, aquietar o muito é delicado.


Quando se tem pouco, as opções são o:
a) conformismo, a aceitação incondicional do possível;
b) a tentativa de fazer o outro perceber que você precisa de mais;
c) outros que supram o que o seu outro não tem dado;
d) a busca de outros, com o rompimento daquele que não te atende.



Quando se tem muito, pode-se:
a) buscar formas de atenuar o vulcão alheio;
b) fugir incansavelmente dessa pessoa e de suas demonstrações de afeto;
c) romper coerentemente e buscar algo não tão “cheio”.


Pouco e muito são relativos, dependendo do dia, do horário, do estado de humor e principalmente, do seu passado e das suas expectativas futuras.
Acredito em amor.
Também acredito no pouco e no muito.
Acredito no relativo.
Mas acredito que se há amor, esse sim é desmedido.

créditos ao blog: Divã Rosa Choque

Nenhum comentário: